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a gastronomia de cabo verde

Gastronomia Cabo-Verdiana: a celebração da identidade do arquipélago

Cabo Verde é um destino que encanta não só pelas gentes e paisagens, mas também pela rica gastronomia, influenciada pela história e mistura de culturas que compõem o perfil deste arquipélago.

A culinária cabo-verdiana é o resultado da fusão entre as tradições culinárias dos povos da costa ocidental africana e da culinária portuguesa, refletindo mais de cinco séculos de história e tradição.

Houve ainda influências do Oriente e do Brasil, através dos navios que aportavam em Ribeira Grande e que traziam especiarias e outros ingredientes, tornando a dieta local mais diversificada.

A cachupa, o peixe e o marisco, suados e grelhados, as mil e uma formas de cozinhar o milho e ainda as frutas sumarentas, em sumos e doces. Todos estes sabores são um verdadeiro convite para explorar o país através do paladar.

Cachupa: a alma da gastronomia de Cabo Verde

A cachupa é muito mais do que um prato. Com raízes profundamente entrelaçadas na cultura do arquipélago, a cachupa é também uma forma de expressar a morabeza, unindo as ilhas à volta da mesa, através de celebrações comunitárias e encontros familiares.

A receita varia consoante a ilha, com segredos que passam de geração em geração. Mas a base é sempre a mesma: o milho, que se multiplica numa diversidade de sabores.

A cachupa desdobra-se em 4 versões, a cachupa rica, cachupa de atum, a cachupa pobre e a cachupa guisada.

Cachupa rica: o banquete das ilhas

A cachupa rica é um estufado robusto, repleto de carnes variadas, como carne de porco salgado, carne de vaca, frango, atum, chouriço de sangue, tripa de porco, pé de porco e orelha de porco, cozinhados lentamente com uma generosa seleção de legumes, que além do milho, inclui feijão mandioca, cenoura, couve, repolho e abóbora, dando origem a um paladar aromático.

Este é o paladar das ocasiões especiais e da morabeza, que traduz a generosidade única das gentes de Cabo Verde.

Cachupa guisada: a força do dia

Já a cachupa guisada é consumida geralmente ao pequeno almoço, com um ovo estrelado e linguiça por cima, tornando-a uma iguaria super nutritiva que nos prepara para abraçar o dia.

Cachupa: a alma da gastronomia de Cabo Verde

A abundância do mar nos pratos cabo-verdianos

Cercado por águas ricas, Cabo Verde oferece uma abundância de peixe e marisco, que são magistralmente incorporados à culinária local.

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Barriga de atum grelhada, esparguete de caranguejo e de percebes, búzios guisados ou grelhados e guisado de lapas, são apenas alguns exemplos de como os sabores do oceano são celebrados.

São também muito apreciados peixes como o esmoregal, garoupa, chicharro, cavala, badejo, salmão, peixe serra e bica. E alguns dos mariscos mais procurados são o polvo e a lagosta.

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Estes pratos, sempre acompanhados por ingredientes frescos locais, como a batata doce, cenoura, mandioca, feijão verde e abobrinha, são uma verdadeira homenagem à localização do arquipélago no Atlântico.

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O milho é rei no paladar de Cabo Verde

A sua versatilidade é demonstrada em vários pratos tradicionais cabo-verdianos. Papa com Frigenote, uma iguaria das Ilhas da Boa Vista e de Santo Antão confecionada com papas de milho, carne de porco e acompanhada pelo molho das suas vísceras, é único e destaca a criatividade cabo-verdiana ao criar sabores ricos a partir de ingredientes tão simples.

A djagacida, ou jagacida, é um prato típico da Ilha do Fogo que, além do milho, leva toucinho, feijão congo, rolão, farinha de milho, carne salgada, couve e favona (um feijão verde, semelhante às favas, com um sabor ímpar). Quando a moagem do milho é incompleta, surge a sua versão mais texturizada, que é a base do rolon, uma espécie de creme que acompanha diferentes pratos cabo-verdianos.

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Já o xerém, prato também feito à base da farinha de milho, acompanha pratos de carne e de peixe, como o cozido ou caldo de peixe, especialmente nas festas de Cinzas.

O cuscuz com leite é outra forma criativa de utilizar o milho, que vai dos acompanhamentos aos pratos principais às sobremesas.

A generosidade da Natureza nas frutas

No arquipélago, encontra a banana roxa, com um sabor mais adocicado e um aroma mais forte, que pode ser consumida ao natural, cozida, frita ou assada, e a banana gramichel, mais pequenina, produzida na Ilha de Santiago.

A papaia está presente, sendo muitas vezes impressionante o número de frutas por árvore. O melão, a melancia e a manga, cada uma com as suas singularidades de sabor e aroma, mostram a diversidade das ilhas.

As frutas fazem ainda as delícias dos apreciadores de sumos naturais, incluindo as de calabaceira, também conhecida por baobá ou embondeiro.

A generosidade da Natureza nas frutas

O grogue e os vinhos da Ilha do Fogo

O grogue, aguardente de cana de açúcar, é a bebida alcoólica mais emblemática de Cabo Verde, que serve de base para o ponche, com variações de mel, café, coco, entre outros.

A cerveja Strela, produzida em território nacional, é a escolha popular para acompanhar as refeições mais leves, enquanto os vinhos do Fogo, da ilha do imponente vulcão, conquistam os paladares mais exigentes, sendo reconhecidos por enólogos experientes.

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Também natural da Ilha do Fogo, o Manecom, um segredo bem guardado pelos moradores de Chã das Caldeiras, apresenta duas texturas aos paladares: o Manecom doce, com um sabor adocicado, e o Manecom seco. O néctar é mais uma prova da qualidade das vindimas do Fogo.

Aproveite para experimentar também o café de Cabo Verde, produzido nas Ilhas de Santo Antão, Santiago e do Fogo: simplesmente imperdível!

Queijo de cabra: um favorito local

O leite de cabra predomina no arquipélago e o queijo de cabra, muitas vezes produzido localmente em pequenas produções, é valorizado pelo seu sabor distinto e textura firme.

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Servido como acompanhamento em várias refeições ou simplesmente degustado com pão fresco, quem vai a Cabo Verde tem mesmo de experimentar.

A comida em Cabo Verde é uma celebração de sabores e ingredientes locais. Uma expressão da herança cultural do país, que continua a evoluir e a incorporar novas influências, mantendo-se como uma parte essencial da identidade cabo-verdiana.

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Sol e praia, trilhos de montanha, paisagens de uma natureza que tão facilmente brota por todo o lado e uma riqueza de costumes e tradições que não se traduz em preço algum: Cabo Verde é um paraíso que descansa à beira-mar.

Com a morabeza das gentes e a magia que só se encontra em Ilhas de sol e mar, este país-arquipélago é um universo de experiências a descobrir.

Perguntas frequentes sobre a gastronomia em Cabo Verde

As frutas são os pilares da doçaria cabo-verdiana, com doces variados que vão da papaia ao coco, amendoim, goiaba, tamarindo e outras.

Em novembro, época da colheita das tâmaras, também pode experimentar a fruta em doce e combiná-la com os morangos produzidos no arquipélago. Uma delícia!

Também vale a pena experimentar o pudim de queijo de cabra e de leite, e outros doces como o de abóbora e de leite.

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